O que fazer em caso de fraudes em cartão?

Dados levantados pelo Serasa Experian mostram que cerca de 175 mil casos de estelionato ocorrem todos os meses. Ou seja, acontece uma tentativa de fraude a cada 15 segundos no Brasil.
Segundo uma pesquisa do Insper de São Paulo, de 2003 a 2013, o número de fraudes com cheques e dinheiro falso diminuiu significativamente enquanto as fraudes em cartão de crédito tiveram um aumento de mais de 327,5%.
Como as administradoras dos cartões são obrigadas, por lei, a cancelar as compras que o consumidor não reconheça, quem acaba tendo que arcar com as despesas, em grande parte das vezes, são as lojas. Esse processo é conhecido como chargeback.
Continue a leitura para saber como proceder em casos de fraudes em cartão.
O que é chargeback?
Chargeback é o processo de cancelamento de uma compra feita por meio de um cartão de crédito ou débito. Os dois motivos que podem fazer com que isso aconteça são:
- caso, por algum motivo, a transação não obedeça as regulamentações previstas no contrato com a administradora;
- se um cartão for utilizado por outro indivíduo sem o consentimento do titular, configurando-se como uma fraude.
Basicamente, o lojista realiza a venda e, somente depois, descobre que não receberá o seu pagamento porque a transação foi cancelada pela administradora.
Caso o valor já tenha sido debitado na conta, automaticamente, será estornado ou lançado a débito caso não tenha fundos no momento do lançamento.
Infelizmente, isso tem aberto uma margem crescente para fraudes em cartão e a maioria dos casos têm ocorrido com e-commerces (lojas virtuais).
Como lojista, o que você pode fazer é tomar algumas medidas preventivas para aumentar a segurança de seus pagamentos.
Como aumentar a segurança contra fraudes em cartão?
Conferir os documentos antes de finalizar a transação
É muito comum que terceiros utilizem cartões de créditos de outros indivíduos sem que isso configure-se, necessariamente, como fraude.
Por exemplo: o caso de um marido que usa o cartão de crédito de sua esposa para ir à padaria, ou, até mesmo o caso de amigos que se revezam para pagar a conta do bar.
De qualquer forma, por motivos de segurança e para se possa evitar fraudes em cartão, é importante sempre pedir o RG ou CPF do comprador para verificação.
Perguntar se uma pessoa é, de fato, a titular do cartão não é crime e pode evitar que seu empreendimento sofra grandes prejuízos sem que isso afete seu relacionamento com o cliente.
Consultar o CPF/CNPJ junto à Receita Federal
Com um serviço de consulta ao CPF do cliente junto à Receita Federal, as chances de fraudes em cartão são exponencialmente reduzidas.
A consulta mostrará não somente se a pessoa é idônea, como também disponibilizará informações precisas como o nome completo do titular e o nome de sua mãe para que você possa conferir se os dados batem com os documentos apresentados.
Identificar compras anormais
Casos de fraudes em cartão de crédito não costumam ser discretos. Geralmente, é possível identificar anormalidades nos hábitos de compra.
Por exemplo, um cliente que compra várias unidades de um produto de alto valor e que pode ser revendido no "mercado paralelo" como smartphones, jogos, tablets ou notebooks.
Outro comportamento não convencional é o de um cliente que retorna à sua loja com mais frequência do que a maioria. Afinal, é bastante incomum comprar 2, 3 ou mais celulares por mês, a não ser que seja para revendê-los.
Utilizar facilitadores de pagamento modernos e seguros
Plataformas como UOL, Paypal, Bcash e Pagseguro garantem que os lojistas recebam o dinheiro de suas vendas aprovadas independentemente de acontecer um chargeback por parte da administradora do cartão.
Apesar das taxas de intermediação serem um pouco mais altas vale a pena investir em meios de pagamentos eletrônico para modernizar sua loja e, também, por conta da garantia total de recebimento.
No artigo de hoje você conferiu o que é chargeback e como os casos de fraudes em cartão têm se tornado cada vez mais frequentes no Brasil. Então não deixe de colocar as dicas que demos em prática para diminuir essas fraudes e evitar prejuízos.
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